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Essa análise começou da maneira mais despretensiosa possível, eu só queria sentar na frente da televisão e me entreter um pouco, porém depois de jogar essa DLC de Alan Wake 2 nomeada de Night Springs, me senti além de entretido, reflexivo e muito inclinado a contar para alguém um pouco da minha experiência no jogo! Senti essa necessidade de desabafar, conversar a respeito do que vi e vivi nele, pois é inacreditável o que Alan Wake 2 fez e continua fazendo com essa DLC!
Night Springs, a nova DLC de Alan Wake 2, nos entrega uma experiência memorável e imersiva, explorando a profundidade do Remedy-verso através de três episódios distintos. Com gráficos impressionantes e uma trilha sonora envolvente, cada capítulo traz suas peculiaridades, desde o clima nostálgico de “Fã N°01” até a metalinguagem filosófica de “Ruptura do Tempo”. Apesar da dificuldade reduzida, a narrativa intensa e a conexão com outros títulos da Remedy tornam esta DLC indispensável para os fãs. Quer saber mais? Continue lendo a nossa análise!
| TRAILER
| A IMPACTO DE NIGHT SPRINGS NO REMEDY-VERSO
A DLC Night Springs reviveu o jogo Alan Wake 2 com a promessa de trabalhar um pouco mais a respeito do Remedy-verso dentro dela, e pra isso o conteúdo chegou contando com 3 episódios que estão numerados, logicamente para serem jogados em ordem, pois nesse caso faz uma grande diferença. O nome Night Springs faz referência aos famosos episódios de terror que apareciam nas televisões de Alan Wake 1, e a proposta é exatamente essa, contar a trama através de histórias fechadas como se fossem pequenos episódios de um série de TV. Os três capítulos começam da mesma forma, o misterioso Warlin Door aparece sempre de maneira intensa e questionadora e nos faz uma introdução do tema que será visto naquele capítulo, e logo quando finalizamos a nossa gameplay o encerramento desses capítulos são feitos com uma música dançante e chiclete… Você com certeza vai querer ouví-la completa pelo menos uma vez antes de querer pular!
| CAPÍTULO 1 – FÃ N°01
No capítulo Fã número 1, nós jogamos com Rose, a garçonete que aparece no primeiro e no segundo jogo base da franquia, o capítulo começa com ela fazendo coisas bobas como servir café e recolher pratos sujos, tarefas que a primeira vista parecem entediantes, mas servem para nos ambientar enquanto o roteiro nos brinda com vários diálogos entre os clientes que enchem o ego dela e de seu ídolo Alan Wake, em meio a essas tarefas, Rose descobre que o seu escritor favorito está em perigo e ela precisa salvá-lo, e é aí que temos aceso a sua espingarda automática e uma trilha sonora belíssima, nesse contexto o Scratch aparece diversas vezes durante o capítulo para tentar confundir a cabeça da moça e do próprio jogador! A voz de Alan Wake guia a garçonete entre tiroteios contra haters, embalados por essas músicas animadas e de época na tentativa de encontrar o escritor. O capítulo finaliza com uma luta de chefe pouco memorável infelizmente, e com o final concluímos que para a lore do jogo esse episódio representa muito pouco, porém, ele é muito divertido e passa uma sensação de fanfic retrô, já que é um capítulo narrado com a mentalidade adolescente de Rose, com isso temos atuações propositalmente forçadas, diálogos propositalmente bregas e trilha sonora propositalmente antiquada criando um clima simplesmente magnífico.
| IMAGENS
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| CAPÍTULO 2 – ESTRELA POLAR
O segundo capítulo nomeado Estrela Polar, nos apresenta uma versão da personagem de Control, Jesse Faden, como protagonista desse capítulo, esse que tem um clima mais investigativo, tendo alguns puzzles pra se resolver, e sendo o único episódio que conta com uma sessão de furtividade. O capítulo 2 se passa no parque Coffe World, sendo o mapa mais aberto da DLC, e pela primeira vez na franquia podemos ver uma interação maior entre Alan Wake, Quantum Break e Control, já que uma versão de Tim Breaker ajuda uma versão da Jesse como uma espécie de guru, ele que aparentemente já tentou de tudo pra sair daquele pesadelo em que se encontra, porém está cansado do seu insucesso. Esse episódio tem momentos mais tensos e uma ótima revelação no final, sendo um capítulo cheio de mistérios e contando com temas como lavagem cerebral, multiverso e café!
| CAPÍTULO 3 – RUPTURA DO TEMPO
O terceiro capítulo Ruptura do tempo, é o capítulo decisivo dos 3, nele somos apresentados não a um personagem, mas sim a um ator, Shawn Ashmore interpretando ele mesmo. Logo no começo desse episódio temos uma conversa com o próprio Sam Lake, que esclarece algumas dúvidas sobre as linhas do tempo e sobre alguns termos já vistos antes no Remedy-verso. Narrativamente falando esse é o capítulo que realmente mais desenvolve a lore do jogo, o episódio se passa nos estúdios do Warlin Door, algumas partes na floresta de Cauldrom Lake, no hotel Oceanview e dentro de um videogame retrô, controlamos as várias versões do Shawn, e abatemos várias versões dele também, carregamos nesse episódio uma pistola super rápida e um aparelho que alterna entre universos. Esse capítulo redefine o conceito de metalinguagem e quebras da quarta parede! No qual o próprio ator tem consciência que está dentro de um videogame e ao mesmo tempo tem um videogame dentro de outro videogame, e meu Deus…além de ser extremamente artístico, mostra uma veia filosófica incrível do Sam Laike, com discussões sobre o conceito de realidade e perspectivas sobre a própria existência! No final de tudo o próprio Sam Laike nos convida a olhar para o roteiro de seus jogos a partir de seu olhos e a partir de suas experiências, de maneira profunda e imersiva que somente um novel game pode nos proporcionar!
| CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, o primeiro capitulo é o melhor dos 3 se pensarmos como uma história fechada, já que ele é o único com começo, meio e fim. O segundo e o terceiro capítulo são mais dependentes da história principal de Alan Wake 2, Control e Quantum Break, não que você não vá entender as DLCs, mas é que existe a chance de se perder muitas referências, detalhes e explicações, e a experiência desses capítulos podem ficar levemente prejudicados por isto. O capítulo 2 e 3 definitivamente dão um passo na história do multiverso da Remedy, respondendo questões não fechadas nos jogos e dando pistas sobre os próximos jogos que virão! Tecnicamente o gráfico é lindíssimo, assim como o jogo base, e na parte de trilha sonora é um espetáculo a parte, destaque para as músicas tocadas de fundo nos combates do capítulo 1 e para a música de encerramento dos episódios.
Night Springs apesar de excelente roteiro, tem uma gameplay com pouquíssima dificuldade já que em todos os três episódios temos munição praticamente infinita e os trechos são extremamente lineares podendo ser finalizado entre 2 e 3 horas. Eu termino descrevendo minha experiência em Night Springs com uma frase que vai fazer muito mais sentido para quem jogou essa DLC do que quem não jogou, Alan Wake 2 continua fazendo história no mundo dos videogames e no mundo real!
| AVALIAÇÃO
[detailsTable showheader=”0″]História;
Visual ;
Áudio;
Jogabilidade;
Diversão ;
[/detailsTable]
| OUTROS DETALHES
[detailsTable showheader=”0″]VISUAL;3D
MODO DE JOGO;SINGLE-PLAYER
CONQUISTAS;12
TIPO;TERCEIRA PESSOA
TEMPO PARA 1000G;2-3 HORAS
[/detailsTable]
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