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Terraformar Marte sempre pareceu coisa de ficção científica — até você passar meia hora em Terraformers e perceber que, na real, é pura planilha interplanetária disfarçada de aventura sci-fi. E isso é um elogio.
A Asteroid Lab trouxe para o Xbox uma das experiências de gestão mais elegantes e desafiadoras dos últimos anos. Não é um city builder comum, nem um 4X tradicional. É aquele híbrido raro que te prende pelo cérebro, não pela ação. E quando você vê, já está discutindo com você mesmo se vale sacrificar um turno inteiro por um punhado de metais raros.
| O jogo em pilulas
- Estratégia profunda com foco em planejamento a longo prazo
- Sistema de terraforming robusto e visualmente recompensador
- Adaptação competente para controle no Xbox
- Rejogabilidade altíssima graças às cartas, líderes e mapas procedurais
- Início lento e curva de aprendizado exigente
- Final de jogo pode se arrastar dependendo da sua construção
Querendo se alistar pra colonizar marte? Até lá, conheça mais o jogo aqui!
| Jogabilidade: estratégia com gosto de “só mais um turno”
Terraformers é, essencialmente, uma dança: você, seus recursos escassos e Marte tentando te matar por osmose. A cada turno (um “ano”), suas escolhas definem se a humanidade vai florescer… ou virar rodapé de pesquisa científica.
O jogo mistura explorações com sondas, fundação de cidades, gerenciamento minucioso de recursos e aquele toque de roguelike que adiciona a imprevisibilidade certa — nunca frustrante, sempre estratégica. Escolher líderes, administrar cartas de pesquisa e decidir quando arriscar um projeto ousado são decisões que fazem diferença real no desfecho.
É o tipo de jogo em que cada clique vale ouro.
| Construção, sinergias e decisões que pesam
Fundar cidades é só o começo. Posicionar edifícios estrategicamente — aproveitando sinergias de energia, mineração, produção de comida e harmonia urbana — é onde o jogo brilha de verdade.
Aqui, três erros custam caro. E três acertos transformam sua colônia numa máquina produtiva digna de Elon Musk num dia de sorte.
| Terraformação de verdade: lenta, científica e recompensadora
Esqueça “clicar e esperar”. Terraformar Marte exige:
- Elevar temperatura… sem explodir nada no processo (em teoria).
- Criar oceanos com projetos absurdos como asteroides de gelo.
- Semear vida: primeiro bactérias, depois plantas, finalmente animais.
A progressão do ecossistema é uma das partes mais satisfatórias: ver o mapa vermelho virar mosaico azul e verde é uma recompensa visual poderosa.
| Terras Marcianas + Controle de Console = Surpreendentemente funcional
Em pleno 2025 ainda esperamos que jogos de estratégia sofram ao migrar para controles. Mas aqui, a adaptação é boa:
- Menus radiais inteligentes
- Use de gatilhos para alternar camadas do mapa
- Cursor preciso com snap para hexágonos
- Cartas e líderes muito bem apresentadas para navegação rápida
Sim, o mouse ainda venceria um duelo 1×1, mas no geral a experiência é de boa para excelente.
| Som: discreto, atmosférico e perfeito para longas sessões
A trilha ambient synth cria aquele clima de solidão espacial que combina demais com a sensação de “sou só eu e Marte… e meia dúzia de colonos reclamando falta de comida”.
Não impressiona, mas funciona com maestria.
| O que deu certo e o que deu errado
Pontos fortes
- Rejogabilidade praticamente infinita
- Visual limpo, bonito e temático
- Mecânicas profundas e decisões com peso
- Ótima adaptação para Series X|S
- Sistema biológico e climático viciante
Pontos fracos
- Curva de aprendizado pode afastar iniciantes
- Ritmo inicial um pouco lento
- Interface rica em texto e sem dublagem
- Fim de jogo pode ficar repetitivo para alguns
| Voz aos colonizadores
E agora eu quero saber: você encararia o desafio de transformar Marte no novo lar da humanidade, ou prefere continuar só assistindo da órbita?
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