Tempo de leitura estimado: 4 minutos

“Once Upon A Puppet” é aquele tipo de jogo que chega quieto, mas cheio de personalidade. Ele mistura teatro, fantasia e plataforma num pacote que parece ter saído direto de uma oficina de marionetes, e isso é um elogio. Mesmo tropeçando aqui e ali, o jogo entrega algo raro hoje: autenticidade.

| Analise em pontos

  • Uma aventura 2.5D que usa o teatro como estética e mecânica.
  • Dois protagonistas ligados por um único fio — literalmente.
  • Puzzles inteligentes baseados em peso, luz e manipulação de cenário.
  • Direção de arte arrebatadora, digna de diorama de luxo.
  • Controles às vezes “flutuantes”, causando pequenos incômodos.

Seguiu o fio até aqui? Bora chegar até o final? Continue lendo para desenrolar a meada!

| Um palco esquecido, mas cheio de vida

A narrativa é o coração dessa experiência. Você começa não no brilho do palco principal, mas nas sombras do Understage, o submundo onde tudo que o teatro descarta vai parar. É nesse lugar melancólico, feito de restos de cenários e sonhos quebrados, que a dupla improvável Drev (um boneco aspirante a estrela) e Nieve (uma luva exilada) tenta escapar para encontrar seu lugar ao sol — ou melhor, sob o holofote.

O jogo trabalha essa jornada com sensibilidade, explorando rejeição, autoconfiança e pertencimento de forma leve e encantadora. O resultado lembra Little Nightmares em atmosfera, mas com mais brilho de “conto de fadas”.

| Jogabilidade: criatividade amarrada a um fio

A mecânica central é simples de explicar, mas deliciosa de experimentar: você controla Drev enquanto Nieve age nos bastidores, manipulando luzes, plataformas, contrapesos e objetos. O fio que conecta a dupla é tanto ferramenta quanto risco, você balança, puxa, alavanca… e resolve puzzles usando física e timing.

Mas aqui mora o tropeço. Drev às vezes parece estar pisando em sabão: os movimentos são um pouco imprecisos, o que em puzzles mais exigentes vira motivo de frustração. Não chega a estragar a festa, mas tira o ritmo em momentos importantes.

| Uma obra de teatro dentro da sua TV

Se tem algo que “Once Upon A Puppet” acerta em cheio é a estética. O jogo é lindo no Xbox Series X: texturas de madeira, cordas gastas, cortinas desgastadas, tudo parece palpável.

O uso de profundidade de campo transforma cada fase em uma cena de um diorama vivo. As luzes de palco não iluminam só o cenário; elas contam história. Quando os holofotes acendem, você sente.

| Trilha sonora: espetáculo para os ouvidos

A música entra em cena como parte da narrativa.
Do extravagante ao sombrio, a trilha orquestral se molda ao momento, mantendo o clima teatral sempre no topo. Os efeitos sonoros completam o pacote: rangidos, cordas tensionando, o toque leve dos passos do boneco, tudo contribui para a magia.

| Desempenho: um palco com algumas falhas técnicas

Apesar de ser bonito, o jogo sofre com pequenos problemas de colisão, animações estranhas e um fio que às vezes parece decidir suas próprias regras. Há quedas de framerate esporádicas em cenas mais carregadas, mas nada que destrua a experiência.

| Prós

  • Direção de arte deslumbrante, com estética teatral única.
  • Iluminação criativa que funciona como parte da jogabilidade.
  • Narrativa emocional e personagens cativantes.
  • Puzzles inteligentes usando o fio como mecânica central.
  • Trilha sonora orquestral que reforça o clima de espetáculo.

| Contras

  • Controles de plataforma imprecisos, especialmente em saltos.
  • Bugs de colisão e física que podem atrapalhar a imersão.
  • Pequenas quedas de framerate em cenas mais carregadas.
  • Duração curta para o preço cheio.

| Veredito de quem puxou os fios

“Once Upon A Puppet” é uma joia imperfeita, daquelas encontradas no fundo de um baú de adereços. Ele brilha forte quando usa o teatro como linguagem e conquista com personagens que exalam carisma. Se você curte Puppeteer, Unravel ou qualquer jogo que transforma estética em mecânica, vai se sentir em casa.

Só esteja disposto a perdoar os escorregões técnicos, o espetáculo vale o ingresso.


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Autor

  • Gamer por paixão, programador de profissão, tenta manter de pé o site com sangue e suor, passa a maior parte do dia lidando com codigos e o que resta divide entre família, jogos e postar alguma coisa sem sentido no blog em idioma estranho, sou importado aqui... Joga tudo desde FPS até walking simulator, mas os quebra-cabeças são a sua paixão.

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