Tempo de leitura estimado: 7 minutos
Creatures of Ava é um game de ação e aventura, desenvolvido pela Inverge Studios e publicado pela 11 bit Studios e lançado em 7 de agosto de 2024 para computador e Xbox Series S e X. Recentemente o game entrou no catálogo da Game Pass. Eu joguei o game e venho através desse texto te contar um pouco da minha experiência.
Creatures of Ava é uma experiência que tenta inovar com sua jogabilidade e estética vibrante, mas enfrenta desafios que podem desanimar alguns jogadores. Se você é fã de aventuras que misturam elementos conhecidos de forma criativa, vale a pena conferir. Quer saber mais sobre como esse jogo se destaca (ou não) em meio a tantos lançamentos? Ficou curioso para entender todos os detalhes? Continue lendo a nossa análise!
| TRAILER
| HISTÓRIA ENREDO
Na história do jogo acompanhamos Vic e sua parceira de exploração Thabita, em uma expedição humana com a missão de salvar as criaturas de Ava e o povo nativo da espécie Naam, completando uma missão que até então teria sido fracassada pela equipe de exploração anterior. O enredo do game é razoável, com altos e baixos, e apesar de uma campanha com boa duração, a trama é bastante arrastada em algumas partes. Os personagens do game não são nada carismáticos, em especial os Naam, pois eles são uma espécie que não medem as palavras na hora dos diálogos, sendo grossos e arrogantes várias vezes. A campanha tem o tempo estimado de 12 horas para ser finalizada, e para quem quiser fazer o 100%, é bom se preparar para ver esse tempo dobrar.
| JOGABILIDADE
Creatures of Ava é um game de mundo semiaberto divido em áreas de exploração, com cada área apresentando biodiversidade única, e espécies de criaturas e vegetação própria. As mecânicas do jogo têm o foco em utilizar uma flauta e um cajado mágico para combater a corrupção dos ambientes e das criaturas, em um estilo bem parecido com o jogo The Gunk, essa corrupção é chamada no jogo de “A Aflição”. A progressão do game funciona da seguinte maneira, precisamos chegar na área indicada, abrir algumas passagens eliminando a aflição e salvar uma quantidade determinada de criaturas da região para passar para a próxima. O game não permite retornar nas regiões ao passar para a próxima área, com a justificativa de que a aflição vai dominar o mapa inteiro, e isso a meu ver é uma das piores decisões do game, pelo simples fato de que isso faz com que a campanha possa ter uma grande quantidade de itens perdíveis! Para quem deseja fazer o 100%, terá que jogar tudo com bastante atenção, tirando foto de todas as criaturas, personagens, e sinos do vento, meditando em todos os pontos de meditação, adquirindo todas as habilidades da árvore de upgrades, cumprindo todas as missões secundárias e requisitos da enciclopédia do jogo antes de mudar de região.
Os controles do game são um tanto complicados de se assimilar no começo, várias vezes me confundi com alguma magia que não estava no atalho certo. As magias vão de paralisar o alvo até causar mais danos a corrupção, elas são desbloqueadas ao progredir na história, tirando fotos, completando missões e salvando as criaturas, ganhamos pontos de XP que podem ser usados para upar a árvore de habilidades que podem ajudar a aumentar sua barra de vida, diminuir o tempo gasto no combate a corrupção, melhorar os atributos mágicos e aumentar espaço no inventário. Inventário este que podemos organizar ao nosso modo, bem inspirado na maleta do Resident Evil 4.
Nos comandos do jogo, com analógicos movemos a Vic e a câmera, ao apertar “LS” nos abaixamos, com o “A” pulamos, com o “B” nos desviamos e rolamos, com o “X” escalamos ou usamos a corda, com as setas para cima e baixo utilizamos algum item que esteja equipado, como curas, buffs de magia e de velocidade, com a seta para a esquerda equipamos a flauta, com a seta para direita equipamos a câmera, com “LT” combatemos a corrupção usando o cajado, e com “RB” e “RT” usamos uma vantagem mágica que ajuda tanto nos combates quanto nos puzzles.
O combate consiste em usar a magia do cajado na criatura e combater a corrupção até que ela deixe de ficar agressiva, para isso é necessário ficar esquivando dos ataques na hora certa e usando as magias de suporte para enfraquecer, paralisar ou diminuir a velocidade delas, também existem criaturas que tem um escudo de corrupção, que para infringir dano é necessário usar uma magia específica para queimar essa proteção. Certas criaturas não são agressivas e para domá-las, basta equipar a flauta e tocar no mesmo ritmo que elas. Ao domar uma criatura é necessário levá-la ao robô de coleta, que automaticamente ela é teletransportada e salva. As criaturas também podem ser controladas pelo jogador, cada uma tem uma habilidade que contribui para a resolução dos puzzles do game.
A dificuldade do jogo é bem baixa e um grande problema nos combates por conta que a inteligência artificial das criaturas é presa em determinados espaços, exatamente como os jogos das gerações passadas, ou seja, se você se afastar demais da região que elas precisam estar, a magia contra a corrupção vai parar de fazer efeito e até mesmo resetar do zero. A quantidade de vida perdida é bem grande ao ser acertado pela corrupção, porém coletando os recursos certos da vegetação, sempre será possível criar mais bolsas de vida nas fogueiras do jogo.
| IMAGENS
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| DETALHES ÁUDIO VISUAIS
O game tem gráficos bem decentes, os modelos dos personagens têm uma arte única e ótima resolução, as criaturas e a vegetação apresentadas no game são claramente inspiradas nas existentes do mundo real, porém mais coloridas e exóticas, o mundo todo é bem colorido e exótico. No quesito de desempenho o tempo de carregamento de viagem rápida é baixo, porém, na minha experiência tive vários problemas de quedas de frame, problemas de textura e até mesmo o jogo chegando a fechar sozinho. Além disso, vários Bugs ocorreram, como algumas criaturas entrando nas paredes, dando dano e empurrão infinito, as provisões ficando infinitas também e alguns coletáveis não sendo contabilizados.
Na parte sonora, o game carece de músicas mais envolventes e de personalidade nas composições, todas as trilhas são bem genéricas e repetitivas. As falas com os NPCs não tem nenhuma dublagem presente, deixando os diálogos bem sem graça, e me incomodando bastante principalmente no começo do jogo, várias vezes quebrando a minha imersão e não passando a emoção necessária nas cenas. Os sons que emitimos com a flauta para domar as criaturas são de boa qualidade, sendo bem pensados para cada tipo de animal, em exemplo, existe uma animal que parece uma galinha, e o som para domá-lo é uma referência ao cocoricó.
O game apresenta vários recursos de acessibilidade, desde recursos visuais, até ajustes na gameplay, incluindo legendas em português do Brasil. Aos iniciantes, recomendo que não tente pegar todos os colecionáveis em uma primeira jogatina, a quantidade de itens e coisas a se fazer para completar 100% da enciclopédia vão deixar o game extremamente repetitivo e cansativo, talvez até desestimulando o jogador a finalizá-lo.
| CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recomendo o game para quem gosta de jogos que tentam inovar e ser criativos, trazendo elementos de games conhecidos, consagrados e repaginando eles, além de aventura com estética colorida e de mundo fantasioso.
| AVALIAÇÃO
[detailsTable showheader=”0″]História;
Visual ;
Áudio;
Jogabilidade;
Diversão ;
[/detailsTable]
| OUTROS DETALHES
[detailsTable showheader=”0″]VISUAL;TERCEIRA PESSOA
MODO DE JOGO;SINGLE-PLAYER
CONQUISTAS;27
TIPO;AVENTURA
TEMPO PARA 1000G;20-25 HORAS
[/detailsTable]
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