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Nesses dias, estávamos conversando no site sobre os showcases deste ano. Em meio a opiniões contrastantes e discussões acaloradas, ouvi uma frase sobre um jogo que será lançado: “Novidade na franquia, mas nada de inovação”. Essa é a questão que discutiremos hoje nas Opiniões que dão XP.
Vivemos em uma era em que somos constantemente bombardeados por informações, notícias e novidades em todos os campos. Acredito que esse excesso de informações está prejudicando a forma como percebemos a inovação. No momento em que algo novo chega, já parece obsoleto. Essa corrida incessante por novidades e essa necessidade insaciável por coisas novas nos impedem de apreciar o que temos no presente.

Quando um jogo novo é lançado, ao invés de aproveitar a diversão que ele proporciona, começamos a analisá-lo minuciosamente. Examinamos cada detalhe com uma lupa, procurando falhas ou elementos que não correspondem às nossas expectativas. Com isso, arruinamos a experiência de jogo. Em seguida, corremos para as redes sociais para expressar nossa insatisfação, encontrando uma enorme caixa de ressonância que só aumenta nosso descontentamento. Isso nos dá uma sensação momentânea de prazer, porque, naquele momento, estamos no centro das atenções, com milhares de pessoas concordando e nos elevando a estrelas do momento.
Muitos de nós estão perdendo os prazeres simples que sempre tivemos, como passar uma noite jogando videogames. Não estamos mais satisfeitos com o que temos porque estamos sempre desejando algo a mais, algo que só existe em nossa imaginação. Esse desejo incessante por novidades faz com que deixemos de valorizar o que já está à nossa disposição.
É triste perceber que um momento que sempre vivemos com tanta alegria, o lançamento de um novo jogo, está sendo arruinado por essa nossa necessidade de teorizar o que o jogo deveria ser e, depois, nos lamentarmos porque ele é diferente do que imaginávamos. Esquecemos que a essência dos jogos é a diversão e a experiência que eles proporcionam, e não a perfeição em atender todas as nossas expectativas.
Além disso, essa cultura de insatisfação está afetando a própria indústria de jogos. Os desenvolvedores estão cada vez mais pressionados a atender às expectativas irrealistas dos jogadores, muitas vezes sacrificando a criatividade e a inovação em prol de fórmulas seguras e comprovadas. Isso resulta em jogos que, embora tecnicamente impecáveis, carecem da originalidade e do espírito de aventura que caracterizavam os clássicos que tanto amamos.
Precisamos aprender a apreciar novamente o que temos, a encontrar alegria nas pequenas coisas, valorizando o esforço e a criatividade dos desenvolvedores. Devemos lembrar que cada jogo é uma obra de arte, fruto do trabalho árduo de muitas pessoas que se dedicam a criar mundos incríveis para nós explorarmos.
Por fim, convido todos a refletirem sobre como estamos consumindo e apreciando os jogos. Vamos tentar ser mais pacientes, mais compreensivos e mais abertos às surpresas que cada novo lançamento pode nos trazer. Afinal, os jogos são feitos para nos divertir, nos desafiar e nos transportar para novos mundos, e não para serem desmontados e criticados até a exaustão.
Vamos resgatar a magia dos jogos e redescobrir a alegria de jogar.
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