Back to the Dawn – Análise

Em um mundo repleto de corrupção, escolhas morais irão te moldar há um final imprevisível. Em Back To The Dawn a fuga da prisão é apenas mais um dos desafios, afinal, em um RPG com uma narrativa tão imersiva, conspirações são encontradas nas entrelinhas de cada diálogo.

| HISTÓRIA

Back To The Dawn, nos coloca na pele de dois personagens bastante diferentes, de um lado temos Thomas, um repórter investigativo sedento por um novo furo jornalístico que descobre um segredo sobre o prefeito que pode acabar de vez com a carreira política do mesmo. Envolto cada vez mais nesse segredo, ele acaba sendo acusado de um crime e é enviado para a prisão, assim, todos passam a desacreditar de sua narrativa investigativa.

Do outro lado temos Bob, um agente policial disfarçado que é enviado para prisão, a fim de adentrar no submundo da contravenção e desvendar uma misteriosa conspiração que vem borbulhando no submundo do crime e nos corredores da prisão.

Não bastasse todos os percalços carcerários, temos um prazo de 21 dias para conseguir fugir antes que tudo acabe.

| TRAILER

| JOGABILIDADE

A jogabilidade se estende por mecânicas diversas, a exploração do ambiente é feita em tempo real, podendo movimentar-se livremente e interagir com NPCs e objetos. Atrelado à exploração, pode vezes o uso da furtividade fara-se necessário, pois agir com cautela e descrição irá inibir ações dos guardas, além de não ser pego pelas câmeras, além disso há a presença de crafting, sendo possível criar ferramentas que auxiliarão no dia a dia carcerário.

Sendo um RPG de ação não poderia faltar os combates, esses são realizados por turnos, seguindo aquele padrão básico de JRPGs, mas é seguro afirma que cada combate é bastante arriscado, e não digo isso apenas pelo fato de você poder apanhar, mas pelo de combates trazerem consequências que podem tornar sua fuga cada vez mais difícil.

Em Back To The Dawn, a sua reputação, sua influência e seus relacionamentos são recursos importantíssimos na gameplay, através deles você terá acesso a ferramentas, comida, interações únicas, missões… um leque de possibilidades se abre de acordo com sua interação e gerenciamento de relacionamentos.

| GRÁFICOS E ARTES

Back to the Dawn é um RPG isométrico bem bonito, diga-se de passagem, onde cada personagem é um animal, sendo assim, o game é como uma fábula bem enredada e que não necessariamente terá uma moral ou um final meramente desejado.

O que mais chama a atenção em Back to the Dawn é sua narrativa, envolvente e atraente. É impressionante o nível de detalhes na construção de cada personagem, seja os principais, quanto os secundários, o estúdio fez um trabalho muito bom de desenvolvimento de personagens, percebe-se a intenção dos criadores em não apenas trazer mais um personagem, cada um deles tem um sentido, uma razão para ser como são ou estarem onde estão.

A trilha sonora também se encaixa perfeitamente nos ambientes do game.

| CONSIDERAÇÕES FINAIS

Back to the Dawn é sem dúvidas, uma grande surpresa nesse ano de 2025, um game denso, completo, bem desenvolvido e com um fator replay gigantesco, a narrativa é diversificada e com uma pitada de humor para deixar as coisas um pouco mais acessíveis. O único ponto que pode ser negativo para alguns é o fato de não ter tradução para pt-br, atualmente o game conta apenas com os idiomas inglês, japonês e chinês.

E eu digo atualmente, porque a desenvolvedora não parou por aí, em Setembro eles estiveram na Tokyo Game Show onde anunciaram que seguem trabalhando para trazer melhorias e correções de bugs, como trazer novos idiomas, como o coreano que foi anunciado no evento e já está disponível. Para 2026 o game deve receber ports para o Nintendo Switch e PlayStation.