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Se tem um casamento que raramente funciona, é roguelike + tower defense. Sempre parece que um dos gêneros chega bêbado na cerimônia. Road Defense: Outsiders, da Minicactus Games, tenta equilibrar esse trio amoroso com um toque de twin-stick shooter — e o resultado é… interessante, no mínimo.
| O jogo em pilulas
- Dificuldade inicial agressiva, exigindo grind pesado para qualquer progresso real.
- Loop viciante de meta-progresso, ainda que previsível e dependente de upgrades permanentes.
- Roguelike limitado, com poucas opções de perks e quase nenhuma liberdade de build.
- Controle twin-stick competente, salvando a experiência durante o caos na tela.
- Visual simples porém estiloso, com charme retrô monocromático.
- Ondas mal balanceadas, criando picos de dificuldade e frustração desnecessários.
Se chagou até aqui… bora conhecer mais o jogo?
| Jogabilidade: quando o caos encontra o grind
A proposta é simples: proteger veículos numa estrada infestada de criminosos que parecem ter fugido de um Game Boy HD. No controle de um stickman armado com pistola e machado, você atira, esquiva e tenta manter os carros vivos enquanto monta torres em pontos fixos da pista.
A mira funciona bem, o machado tem cooldown irritante e o tiro inicial parece cuspir ervilhas — mas melhora com upgrades. O jogo tenta ser roguelike, mas a verdade é que ele é mais “roguelite de planilha”: melhorias temporárias previsíveis durante a run e melhorias permanentes fundamentais pra sentir qualquer avanço.
Aqui começa o primeiro choque: a dificuldade inicial é tão íngreme que parece que você começou pelo New Game+. Você morre, farma, compra upgrade, morre de novo… até que finalmente algo começa a encaixar.
| Progressão: o grind come solto
Se você odeia grind, fuja como se fosse um lootbox de R$ 99. O jogo exige repetição para liberar upgrades permanentes — vida, dano, munição, armadura do veículo, eficiência do machado. Tudo é lento, incremental e burocrático.
E apesar de ser vendido como roguelike, faltam perks verdadeiramente malucos. Sem builds criativas, a rejogabilidade cai rápido. É divertido no começo, mas logo você percebe que está jogando pela barra de meta-progresso e não pelo combate em si.
| Visual e Estilo: Menos é mais
O visual minimalista, quase monocromático, tem seu charme e funciona bem na tela. É simples, mas intencional — dá pra gostar.
| Áudio: Melhor do que esperado
A trilha sonora é melhor do que o jogo sugere. Sério. Dá uma levantada no clima, mesmo quando tudo está pegando fogo (literalmente).
| Acertos e erros
Pros
- Preço baixo pelo tempo de jogo.
- Loop viciante de tentativa e erro.
- Controles twin-stick funcionam bem.
- Conquistas fáceis (alô, hunters).
Contras
- Ondas mal balanceadas e dificuldade desproporcional.
- Grind obrigatório e cansativo.
- Falta variedade de perks e builds.
- Personagem visualmente parecido com inimigos, caos visual gratuito.
| Veredito: A voz de quem lutou
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