Estamos mesmo perdendo o bom da descoberta, a vontade de explorar e se aventurar no desconhecido? Hoje nas Opiniões que dão XP!
Recentemente, participei da gamescom LATAM e, em um dos dias do evento, fui acompanhado não apenas por adultos, mas também por um garoto de 10 a 12 anos. Como amante de videogames há mais de 25 anos, sempre me diverti descobrindo novos jogos, especialmente agora, graças ao Game Pass, que permite experimentar diversas experiências. No entanto, algo me chocou durante o evento.
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Percebi que essa nova geração não se aproxima dos videogames da mesma maneira que nós, com mais de 25 anos. Em uma conversa sobre jogos, uma resposta em particular me impactou: quando perguntei “o que você gostaria de jogar?”, a resposta foi: “Não conheço nenhum desses jogos, então não quero experimentá-los”.
Olhei ao redor e vi que o público majoritário era composto por pessoas com idade acima de 25 anos que estavam experimentando e aproveitando os diversos jogos no BIG Festival.
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Ao conhecer melhor o ambiente em que esse garoto cresceu, percebi que o acesso à internet é controlado e a escolha de conteúdo não é deixada totalmente ao critério dele, pois sempre há supervisão adulta. Isso me fez refletir: e as crianças menos privilegiadas, sem essa orientação? Como podem escolher com cuidado seus modelos de inspiração além dos pais?
Um garoto tão inteligente, simpático e criativo, vítima dessa polarização em torno de influenciadores. O que acontecerá com aqueles menos preparados e independentes?
Isso me fez pensar em um dos aspectos mais frustrantes dos dias atuais: a influência dos “influenciadores”. Agora, entendo melhor sua existência e como eles podem fechar essa nova geração para a experimentação de novas coisas, sem que ninguém as indique. Isso também contribui para os picos de popularidade de certos jogos e até para campanhas de review bombing.
Além disso, há o fenômeno da aceitação social, onde pensar diferente do grupo pode levar à marginalização, forçando as pessoas a convergirem em torno dos mesmos influenciadores, aumentando seu poder sobre mentes jovens e adultas.
Ao investigar um pouco mais, descobri alguns dados interessantes. Por exemplo, 58% dos brasileiros jogam videogames, sendo que 67% desses jogadores têm entre 10 e 17 anos. Além disso, há aproximadamente 31 milhões de seguidores de influenciadores de videogames no Brasil, dos quais 70% confiam nas opiniões de seus influenciadores.
É triste ver como a busca independente por novas descobertas se tornou rara. Seria melhor começar a limitar a influência desses influenciadores na vida da geração que moldará nosso futuro?
A descoberta, seja nos videogames ou em outros aspectos da vida, é fundamental para o desenvolvimento da personalidade. Delegar isso a perfis criados para guiar as mentes das pessoas, acessíveis a qualquer momento e lugar, é realmente uma boa ideia?
Essa foi a nossa Opinião que da XP de hoje! Deixe seu comentário com o que você pensa deste assunto!
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